terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Prófugo


E o que resta?
Palavras que nunca foram ditas
Canções que nunca foram ouvidas
Versos que nunca fizeram sentido.
São simples fotos
Fotos de um passado de estrela
Um chão sólido onde podíamos cantar.
Sorrisos,
Fingido?
Verdadeiro?
São sorrisos
Singelo e fugaz.

V. Ayanna 

sábado, 11 de dezembro de 2010

Imergindo



Será você
Minha estrela, minha razão?
Ou apenas sombra
Passado de elucidação?

Mina de asfixia
És minha dependência
Espasmo e magia.

Minha chave
Linda história do coração
És o que torna sensível
Esse asfalto do meu chão.

Doce fantasia
Ou pesadelo infantil?
És o sopro que emana em mim
Um navio que naufraga sem fim.

V. Ayanna

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nem tudo tem explicação

Quem sabe um dia a gente aprenda
Ou jamais saberemos para onde estamos indo.
Mas as coisas são assim
Um dia a vida faz sentido
E no outro...
Ah, no outro ansiamos sumir.
Às vezes queremos que o tempo passe tão depressa
Outrora desejamos que os momentos fossem infindáveis.
Quem dera a estrada só tivesse uma direção
Seria mais simples aceitar as circunstâncias.
Quem dera as nuvens pudessem falar
Com certeza elas me diriam pra onde seguir.
Mas as escolhas fazem parte do caminho
Elas geram o que somos
E o que não somos.
Acreditar que sempre é possível melhorar é um dom.
Mas o que realmente importa?
Talvez nada importe.

V. Ayanna