Todas as vezes que eu te disse “eu te amo”, não menti
E todas as vezes que busquei teu olhar, eu tentava idealizar um mundo só nosso,
Onde os pássaros pudessem ser livres sem receio de perder o equilíbrio.
Eu tentei não tentar,
Quis estar mais perto do sol sem que ele pudesse me ofuscar;
Oh! Incansável repressão,
Estou presa dentro de mim nesse mundo alienado.
E lá fora? Não há nada senão ilusões,
Eles comercializam e distribuem isso por toda a parte,
Sem ao menos pensar no futuro, no meu futuro.
Que futuro? Eu não sei;
São apenas farpas dentro de uma nuvem de algodão.
É, eu não menti quando disse “eu te amo”,
E não minto quando digo que não sei o que fazer,
Onde estão meus sonhos?
Para onde levaram meu casulo?
A vida é mesmo pertinente.
Vanessa Ayanna